DOMINICANOS.PT
Província Portuguesa da Ordem dos Pregadores

História da Província

Breve História da Província em Portugal


A história do dominicanismo em Portugal começa a par e passo com a fundação da Ordem dos Pregadores, para o que terá contribuído, sem dúvida, o facto de São Domingos de Gusmão ser originário da vizinha Espanha. Efectivamente, tendo a Ordem sido aprovada por Roma no ano de 1216, logo no ano seguinte – em 1217 – há registo da chegada do primeiro frade dominicano a Portugal, Frei Soeiro Gomes, e, em 1218, a fundação do primeiro Convento, em Montejunto. Este Convento será, por sua vez, trasladado para Santarém, em 1221, ano da morte de São Domingos.

O ano de 1275 surge como uma data importante, pois marca a fundação do Vicariato de Portugal da Província Ibérica. A erecção como Província independente, contudo, será confirmada apenas em 5 de Fevereiro de 1418, pelo Papa Martinho V. Não deixa de ser significativo o facto do ano de 1418 coincidir também com a primeira descoberta da empresa dos ‘Descobrimentos Portugueses’ (descoberta da ilha do Porto Santo). E isto porque os dominicanos terão um papel muto importante a desempenhar nesta grande epopeia, através do seu esforço de missionação global.
Efectivamente, os dominicanos, movidos pelo zelo evangélico e espírito de itinerância legado por São Domingos, irão destacar-se como importantes evangelizadores um pouco por todo o mundo novo que os navegadores portugueses irão dar a conhecer. Assim, em 1503, partem para a Índia portuguesa os primeiros pregadores; em 1552, partem para Timor e Celebes; e, em 1569, chegam os primeiros missionários dominicanos à África Oriental. A excepção foi o Brasil, onde os dominicanos não tiveram presença senão muito mais tarde, no séc. XIX, através dos dominicanos franceses da Província de Toulouse.
Entretanto, a Ordem ia-se expandindo em Portugal, com a fundação de numerosas casas e conventos espalhados um pouco por todo o país. Mas, naturalmente, a Ordem também acompanhou as tribulações da vida da história nacional. Foi assim que, em 1834, no seguimento das Guerras Liberais (1832-34), entre liberais e absolutistas, que os primeiros levaram de vencida, foi proclamada a extinção das ordens religiosas em Portugal. Em consequência desta decisão, os 24 conventos dominicanos da Província de Portugal que existiam na época foram forçosamente encerrados.
Apenas em finais do séc. XIX é que a restauração da Ordem em Portugal se começa novamente a desenhar no horizonte, destacando-se, em 1894, a profissão na Ordem do primeiro frade dominicano português para a restauração da Província Portuguesa: Frei Domingos Maria (Manuel) Frutuoso, que virá mais tarde a ser nomeado Bispo de Portalegre.
Contudo, o paulatino regresso das ordens religiosas ao nosso país será novamente interrompido, de modo brusco, com a revolução republicana de 5 de Outubro de 1910. O anticlericalismo das forças revolucionários determinou a expulsão das ordens religiosas. No caso dos dominicanos portugueses, perde-se a Casa de Viana e Frei Domingos Frutuoso é obrigado a exilar-se, regressando ao país apenas no ano de 1913.
Até ao ano de 1962, é de sublinhar a fundação da Escola Apostólica, no Luso, com o auxílio da Província de Toulouse (1927), que dará lugar, mais tarde, à Escola Apostólica em Aldeia Nova, em Ourém (1943); a abertura da Casa de São José, em Coimbra (1931); as obras sociais de Frei Gil Alferes (sobretudo a partir de 1932); a abertura do Colégio ‘Clenardo’, em Lisboa (1947); e a fundação do Convento de Noviciado, primeiro em Sintra (1949), e, mais tarde, em Fátima (1952).
No dia 11 de Março de 1962, é solenemente restaurada a Província Portuguesa, tendo o Frei Louis Marie Sylvain sido eleito Prior Provincial, o que atesta a ligação profunda, ao tempo, entre a Província do Canadá e a recém-restaurada Província de Portugal. A Província do Canadá ajudou muito a Província Portuguesa.
Em 1982, destaca-se a fundação duma Comunidade Dominicana no Waku Kungo, em Angola, primeira semente do futuro Vicariato de Angola, ainda hoje ligado à Província.
No ano de 2016, destacaram-se, na Província, as celebrações do Jubileu dos 800 anos da Ordem, com a realização de diversas jornadas sobre a história da Província, exposições, lançamento de livros e celebrações litúrgicas.

Padres Provinciais, após a restauração da Província Portuguesa


> Frei Louis Marie Sylvain (1962-66)

> Frei Raúl de Almeida Rolo (1966-69)

> Frei Miguel Martins dos Santos (1969-73 e 1973-77)

> Frei Mateus Cardoso Peres (1977-81 e 1981-85)

> Frei Juan José Gallego Salvadores (1985-89 e 1989-93)

> Frei Mateus Cardoso Peres (1993-97)   

> Frei Miguel Martins dos Santos (1997-2001 e 2001-2005)

> Frei José Manuel Valente da Silva Nunes (2005-2009 e 2009-2013)

> Frei Pedro (José) da Cruz Fernandes (2013-2017)

> Frei José Manuel Valente da Silva Nunes (2017-2021)

>Frei José Manuel Correia Fernandes (2022)


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